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25 de Abril de 2024

Métodos de “curas gay” utilizam choque elétrico, estupro e submersão

Em todos os países em desenvolvimento, clínicas continuam a prometer “curar” homossexuais, sujeitando seus pacientes a vários tipos de tortura. “Em uma sala pequena, médico me pediu para recordar de quando fiz sexo com um homem. Fui eletrocutado e saltei sem saber o que tinha acontecido. Ele sorriu e me disse que era assim que me curaria de ser gay”, revela.

Publicado por Pragmatismo Político
há 8 anos

Mtodos de curas gay utilizam choque eltrico estupro e submerso

Pragmatismo Político

“O médico me levou para uma sala pequena, e então me pediu para relaxar e me concentrar na minha respiração. Ele me disse para me recordar de quando eu estava fazendo sexo com um homem. De repente eu senti um choque elétrico. Eu saltei, sem saber o que tinha acontecido. Ele apenas sorriu e me disse que era assim que ele me curaria de ser gay.”

Quando Yang Teng visitou a clínica Xinyu Piaoxiang na cidade de Chongqing, no sul da China, em fevereiro de 2014, ele não sabia o que esperar. Yang não havia saído do armário ainda, e estava sentindo a pressão de sua família para que começasse uma família. Ele havia ouvido de outras pessoas na comunidade gay que essa “terapia” poderia “curá-lo” da homossexualidade, mas sua curiosidade tornou-se terror quando ele percebeu que o tratamento envolvia ser eletrocutado, e foi embora antes do fim da sessão. Ele afirma que um programa completo de 30 sessões de uma hora, cada uma com três ou quatro choques elétricos, custam 30 mil yuan (R$ 18.460,00).

Revoltado e determinado a expor o abuso que a clínica cometia contra homens e mulheres homossexuais, Yang a processou. Em dezembro de 2014 uma corte de Pequim decidiu a seu favor, declarando que esses tratamentos são ilesgais, e exigiu que a clínica pagasse 3,5 mil yuan (R$ 2.150,00) como compensação, além de publicar um pedido de desculpas em seu website.

Apesar da esperança de Yang e de outros ativistas que esse caso ponha fim a essa prática, a clínica continua a oferecer essa terapia – a preços ainda maiores – assim como muitos outros centros médicos por todo país. Apesar da China ter legalizado as relações homossexuais em 1997 e tê-las removido de uma lista de distúrbios mentais em 2001, a homossexualidade ainda é considerada tabu pela maior parte da sociedade, e muitas pessoas homossexuais sentem-se pressionadas por suas famílias para casarem-se e terem filhos.

VEJA TAMBÉM: Antropóloga comenta estupidez da ‘cura gay’

Mesmo sendo difícil impedir que as clínicas ofereçam esse tipo de prática abusiva, Yang afirma que a publicidade em torno do caso é importante para conscientizar quanto à questão e mudar a opinião pública. “Nosso objetivo com essa campanha é ensinar ao público que homossexuais não podem ser curados”, explica. “Como nós ganhamos esse caso e a mídia publicou essa informação, muitos pais de homossexuais agora saem que não é lícito mandar seu filho ou filha para essa clínica.”

Infelizmente esse tipo de clínica não é encontrado apenas na China – elas existem por todo mundo. O grupo de militância pelos direitos LGBT All Out está pedindo que as pessoas denunciem atividades de “cura gay” que ocorram ao redor do mundo – tenham vivenciado algum tipo de terapia de conversão eles mesmos em suas comunidades locais, ou visto relatos disso na mídia – em seu website Gay Cure Watch. O banco de dados de incidências será então estudado, e a All Out lançará campanhas direcionadas contra elas.

Matthew Beard, diretor da All Out, afirma que as descobertas da campanha revelam que “curas gay”, conhecidas por induzir à ansiedade, depressão e suicídio, é endêmica em vários países em desenvolvimento.

Essa prática é um problema em particular na América Latina, onde a igreja é extremamente influente. O brasileiro Sergio Viula foi alvo de evangélicos quando tinha apenas 16 anos. Apesar de já ser gay, ele recorda-se de ter sofrido lavagem cerebral para pensar que a homossexualidade é pecado. Aos 18 anos ele tornou-se pastor, casou-se com uma mulher e teve dois filhos.

Ele formou um movimento com outros membros da igreja que buscava homossexuais nas ruas, no lado de fora de casas noturnas e em eventos de orgulho LGBT. Aqueles que concordavam em converter-se eram tratados como se fossem viciados, e incentivados a livrarem-se de qualquer coisa associada a suas antigas vidas. Isso incluía jogar fora revistas que pudessem despertar desejos homossexuais e cortar contato com amigos ligados à comunidade gay. A ideia era deixar as pessoas isoladas, ele explica, para manipulá-las e fazê-las aproximarem-se mais da igreja.

Aos 34 anos Viula finalmente declarou-se homossexual, divorciou-se de sua esposa e hoje ele é um dos principais ativistas LGBT do Rio de Janeiro. Em 2013 ele ajudou a combater um projeto de lei que permitiria que psiquiatras no país tratassem a homossexualidade como doença, o qual acabou por ser arquivado.

Viula aplaude a derrota do projeto de lei no Congresso, mas lembra que a luta contra o fundamentalismo religioso no Brasil ainda vai continuar por muitos anos. Ele afirma que o poder das igrejas alcança políticos, que temem confrontá-las por medo de perder votos.

O ativista acredita que a educação é a chave para acabar com terapias de “cura gay” no Brasil. “Não importa quantas leis a gente tenha, as pessoas chegam à idade adulta já envenenadas pela homofobia”, diz. “As pessoas precisam entender desde cedo que não há nada errado se uma pessoa é gay, lésbica ou transgênero.”

No Equador, clínicas de “cura gay” podem oferecer redenção espiritual, mas não dirigidas por organizações religiosas. Muitas vezes famílias forçam seus filhos a frequentarem centros de terapia de conversão privados, que, descobriu-se, utilizam torturas como eletrochoque e submersão em água com gelo como medidas para “corrigir” seus pacientes. A ministra da Saúde do país, Carina Vance Mafla, afirma que já recebeu denúncias de estupro de mulheres nesses centros.

Tatiana Cordero, da organização Urgent Action Fund, coordenou uma pesquisa sobre os direitos LGBT no Equador, e afirma que, apesar do governo ter prometido fechar as clínicas que oferecem ‘cura gay” no país em 2012, pouco mudou, e elas ainda têm permissão para funcionar. Ela aponta que as clínicas ganham 140 mil dólares (R$ 560.000,00) por mês, e algumas são depropriedade de oficiais do governo. A corrupção, alerta, é portanto o maior obstáculo, e ela pede uma investigação aprofundada do problema.

Cordero acredita que reformas legais são necessárias urgentemente para que se dê fim às terapias de conversão de homossexuais. Ela gostaria que o Equador aprovasse uma lei que proibisse qualquer terapia que afirmasse ser capaz de curar a homossexualidade. Ela lembra que há uma lei na Constituição que proíbe a discriminação por causa de identidade de gênero ou orientação sexual, que no entanto não é aplicada.

Ativistas ao redor do globo podem divergir nas formas como pretendem acabar com as terapias de cura gay, mas estão unidos na crença de que educar as pessoas a respeito do absurdo dessa prática é essencial.

É crucial, continua Beard, que os militantes conversem com as famílias. Ele afirma: “os pais muitas vezes são os responsáveis por mandar seus filhos para essas clínicas, então precisamos alertá-los quanto à realidade dessas práticas por meio da educação.”

Matthew Jenkin, The Guardian. Tradução: Marcio Caparica, LadoBi

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11 Comentários

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Excelente artigo ... principalmente porque não ignorou ou fechou os olhos para o que ocorre no Brasil, por vezes pormenorizados em alguns documentários, como forma de não se afrontar as igrejas, especialmente às evangélicas.

Quando trabalhei no interior cansei de presenciar depoimentos de pessoas que por ignorância davam tudo o que tinham para diversas igrejas que prometiam curar os filhos que estas pessoas não aceitavam serem homossexuais.

É mais uma faceta da indústria do enriquecimento às custas da fé alheia. E tudo fica mais fácil porque eles não prestam contas, razão pela qual muitos políticos se aproximam das igrejas, não só pelo voto dos fiéis e do pastor cabo eleitoral, mas porque o dinheiro pode financiar um caixa 2 que nenhum órgão de controle terá acesso.

Há pessoas que buscavam o serviço social para ter acesso a um psicólogo para poder se tratar (no sentido de compreender melhor a par dos tabus e preconceitos, pois muitos não tem certeza do que realmente querem), mas nem de longe esse é o verdadeiro propósito da bancada evangélica. Sim, eles vão dividir o pão, mas tipo: 10 convertemos aqui, 1 vcs convertem aí no consultório. Se legalizado eles o fariam não só pelos templos, mas inclusive em escolas que lhes pertençam. continuar lendo

Pode ensinar as crianças a serem gays (ideologia de gênero) mas não podem ter acesso a psicologos onde poderão conversar de como se sentem com esta situação? Cadê a liberdade de escolha?? continuar lendo

Davi Viana,

Acho que você está se preocupando mais em atacar os gays do que em ler o exposto ... leia o último parágrafo.

Ter acesso a um psicólogo não tem nada a ver como classificar como doença.

Sob o mesmo argumento deles, fanatismo religioso que leva alguém a entregar a casa e o carro pra estas igrejas também é doença ... mas isso eles não querem por razõe$ óbvia$. continuar lendo

Armpit Lover,

O seu comentário exala ódio contra evangélicos. Acredito também que você teve como objetivo de maior relevância o de atacar os adeptos dessa ideologia cristã.

Eu li seu último parágrafo. Nele você afirma que o objetivo dos evangélicos não é o de prestar auxílio psicológico para esses supostos pacientes. Mas, sim, o de se utilizarem da ocasião para converterem esses homossexuais em conflito à fé evangélica (da mesma forma que nos templos), para depois (conforme seu entendimento) explorá-los financeiramente.

Você não possui vivência e nem experiência com a rotina de todas as igrejas evangélicas existentes no Brasil para afirmar uma coisa dessas. Você está se valendo de amostragens (lamentáveis) que ocorrem em algumas denominações e com alguns líderes evangélicos para afirmar toda essa sua autoridade eclesiástica sobre o assunto.

Você está reduzindo um trabalho de mais de um século da igreja evangélica no Brasil a um único viés - o da corrupção que existe sim, em alguns setores da igreja. Mas, talvez, por falta de conhecimento prático da rotina dessas igrejas, você não saiba que elas (em sua maioria) realizam um trabalho social de relevante valor ante a ausência do Estado.

Por exemplo: as igrejas possuem inúmeros centros de desintoxicação de viciados (aqueles que muitos desejam que continuem no vício). Possuem trabalhos voltados ao auxílio de menores abandonados, mães solteiras, pessoas com enfermidades físicas e mentais, trabalhos de apoio nas penitenciárias, etc.

Pra não mencionar o trabalho realizado no continente africano, e os inúmeros missionários que estão nos países muçulmanos auxiliando os milhares de cristãos que são constantemente torturados e mortos, simplesmente por causa de sua fé. Engraçado que essa desgraça que se abateu sobre esses cristãos nesses países vocês nem sequer mencionam. Talvez porque aquelas vidas (para vocês) não tenham muita importância. Isso é estranho para quem defende tanto os direitos humanos.

Você fala sobre "lavagem cerebral" para os supostos alienados religiosos darem seus bens às igrejas. Ok. Isso talvez até ocorra mesmo, afinal, a igreja não está nas mãos dos anjos e sim dos homens. E onde existem seres humanos ali é passível de existir também a corrupção. Isso não é um mal de evangélico, é sim, um mal da raça humana.

Mas, quero convidar você (um experiente na vida evangélica de todo o país) para visitar algumas igrejas e nelas entrevistar os membros que ali participam da comunidade eclesiástica. Você vai se inteirar de inúmeros testemunhos de pessoas que foram, é e são abençoadas com saúde, sucesso, prosperidade, etc. etc. Mas vocês mostram apenas aqueles casos lamentáveis que acredito que realmente existe.

Caso queira falar mais um pouco de fé, bênçãos, e até mesmo debater o cristianismo, estou à sua disposição.

Um abraço. continuar lendo

Renato Batista de Paula,

Quem oferece apoio psicológico é psicólogo, não pastor.

Aliás, quem se destaca no ataque aos homossexuais, membros do candomblé e tantas outras opiniões distintas são os principais líderes das igrejas evangélicas (goste ou não o Youtube não deixa ninguém mentir). O discurso de ódio tem se tornado uma praxe inquestionável.

Óbvio que uns e outros vão fugir ao que se tornou regra (em boa parte incentivados pelos membros da bancada evangélica no CN).

E quando não agem por ação, o fazem por omissão na medida que nenhum vem a público contestar Malafaia, Valdemiro, RR Soares, etc.

Ademais, como você mesmo sabe porque certamente já leu sobre a proposta a intenção é taxar homossexualismo como doença ... a par da opinião já expressa não apenas pelo Conselho de Psicologia, mas também pela OMS ... então explique: afinal, a bancada evangélica entende mais sobre doenças do que estes órgãos? ... e aí, está certo que este não é o verdadeiro discurso de ódio? continuar lendo

Armpit Lover,

Depende. Se estivermos falando de um apoio psicológico de cunho científico, com utilização de métodos psicoterapêuticos prestados a um indivíduo patológico, aí sim, tal apoio somente poderá ser realizado por um psicólogo ou psiquiatra. Mas existem trabalhos de amparo pessoal que, posso lhe afirmar, possuem um valor relevante também no âmbito psicológico para um indivíduo.

No entanto, me restou a impressão de que você não entendeu o que eu disse, de fato, no meu segundo parágrafo. Lhe explico. Eu apenas transcrevi o que você afirmou no seu último parágrafo. Não disse em nenhum momento que pastores são habilitados para prestarem, cientificamente, apoio psicológico a qualquer pessoa.

Agora, é você quem está dizendo que os líderes das principais igrejas se destacam no ataque aos homossexuais valendo-se de discursos de ódio. Quero lhe pedir que me mostre um discurso de ódio de algum desses líderes contra essas pessoas. Quero ver e ouvir. Talvez nossa concepção acerca do que seja discurso de ódio seja bem diversa.

Se algum desses líderes evangélicos afirmaram em suas pregações ou debates, que não concordam com a prática homossexual, nem com o casamento de pessoas do mesmo sexo, ou que homossexualismo seja uma opção sexual, que seja pecado, e daí por diante. Não entendo isso como discurso de ódio. Entendo como liberdade de expressão, liberdade de pensamento e liberdade religiosa. Muitos homossexuais e seus grupos também discordam da fé evangélica. E daí? Respeito suas opiniões.

Agora, se tais líderes ofenderam verbalmente, agrediram fisicamente, ou ainda incitaram pessoas a agredirem ou maltratarem homossexuais, isso sim, é discurso de ódio, e os que praticaram tais crimes merecem serem presos, julgados e condenados dentro do rigor da lei. Mas com direito ao contraditório e ampla defesa.

Acredito que as opiniões de Silas Malafaia, bem como as de outros líderes religiosos, estejam dentro do mesmo nível das opiniões da mídia dominante contra evangélicos. Estão nivelados com as opiniões dos ateus, dos comunistas, das feministas, dentre outros, contra a fé evangélica. Ou seja, todos possuem o direito de não concordarem com evangélicos ou com outros religiosos. Possuem o direito de discordarem do Papa, do Presidente do Congresso Nacional, do STF, até mesmo de Deus. Agora, se discordarem das práticas homossexuais aí é fundamentalismo, fascismo, preconceito, dentre outros. Interessante né?

E não havia nenhuma intenção de taxar homossexualismo como doença com o tal projeto que foi denominado de "cura gay". O que intentaram foi dar a oportunidade de muitos homossexuais em conflito, terem o direito de procurar um profissional habilitado. Se seriam curados ou não isso eu não sei, mesmo porque EU não concebo homossexualismo como doença, mas como uma opção sexual. continuar lendo

Renato Batista de Paula,

O problema é que esses tais "trabalhos de amparo pessoal" não deveriam ser cobrados, mas são, e custam muito caro. Alguns dados estão no artigo, outros qualquer um pode presenciar, especialmente nos interiores, pois o MP quando aparece lá chove, imprensa nem em sonho.

Aliás, você já deve ter visto inúmeros abusos que o STJ está mandando as igrejas indenizarem os lesados ... um avanço fantástico do Judiciário.

Eis notícias sobre os discursos de ódio:

http://noticias.uol.com.br/política/ultimas-noticias/2012/02/16/mp-cobra-retratacao-de-pastor-malafaia-que-defendeu-baixaroporrete-em-gays.htm

[não preciso dizer que se substituir a palavra gay por evangélico estes de diriam indignados, agredidos, perseguidos, etc.]

E Malafaia sempre diz uma coisa e depois quer dizer que queria ter dito outra ... é como chamar alguém de ladrão e quando for denunciado alegar que queria ter dito "cara legal" ... intensões mascaradas.

http://noticias.gospelmais.com.br/homossexualismoedoenca-psicologa-evangelica-afirma-que-simequeapropria-realizaacura.html

[se chamar aqueles que doam carros e casas além de grandes quantias em dinheiro pra igreja de perturbados, doentes ou portadores de distúrbios, sentem-se ofendidos, e não propõem uma cura contra isso .. pq ?]

http://www.pragmatismopolitico.com.br/2012/09/aids-cancer-gay-deputado-pastor-feliciano.html

[é claro, a AIDS é culpa dos gays! ... aposto que tem explicação científica]

http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/04/marco-feliciano-africanos-amaldicoados.html

[uma frase da matéria acima: “a podridão dos sentimentos dos homoafetivos leva ao ódio, ao crime, à rejeição”]. Os sentimentos deles são podres, mas dos membros da igreja dele são puros ... conveniente não?

Feliciano sobre a morte dos Mamonas : "Ao invés de virar pra um lado, o manche tocou pra outro. Um anjo pôs o dedo no manche e Deus fulminou aqueles que tentaram colocar palavras torpes na boca das nossas crianças."

Sobre a família homoafetiva: "quando você estimula as pessoas a liberarem os seus instintos e conviverem com pessoas do mesmo sexo, você destrói a família, cria-se uma sociedade onde só tem homossexuais, você vê que essa sociedade tende a desaparecer porque ela não gera filhos." [jura que não? jura que toda a sociedade se transforma? lamento informar mas muito antes de Jesus já haviam gays ... hoje somos 7 bilhões].

Bem, não espere que eu poste o Google inteiro, você mesmo pode pesquisar.

Eis um pastor que merece respeito, não só pelo seu posicionamento mas porque assume os erros que estão aí pra todos verem (um dos raros que aparecem em público ao invés de se omitir):

http://www.paulopes.com.br/2015/06/pastor-batista-critica-discurso-de-odio-de-liderancas-evangelicas.html#.Vs8Gi4ClzDc

Creio que não preciso dizer que quem apoia esta bancada que aí está, por conseguinte, apoia suas atitudes. Apoiar essa bancada é o maior tiro no pé que alguém pode dar, mas se ainda assim consolam os preconceituosos, fazer o quê?

Portanto Renato, dizer que não concorda ou que não deseja algo é uma coisa, dizer que os sentimentos são podres, que devem baixar o porrete ... convenhamos não vamos usar de eufemismos para justificar o injustificável.

Eles sabiam o impacto de cada palavra que usaram, só que depois querem sair pela tangente ... inclusive mostrei um pastor Batista que os condena sob o mesmo argumento: discurso de ódio. continuar lendo

Oh, Pragmatismo (esquerdista)... vamos por parte:

Primeiro, é evidente que qualquer tratamento que se utilize como formas de terapia, o choque elétrico, a tortura, a lavagem cerebral, dentre outros semelhantes, deve ser rigorosamente combatido. Não importa para qual problema seja.

Segundo, qualquer pessoa que deseje procurar um psicólogo, psiquiatra, médico..., para se tratar de qualquer problema que essa pessoa acredita que tenha. Ou mesmo procurar um pastor, padre, pai de santo..., para se aconselhar ou mesmo participar de cultos, missas, rituais, que essa pessoa acredita que possa lhe ajudar (independentemente de qual seja seu suposto problema), tal pessoa POSSUI ESSE DIREITO, desde que os métodos ali utilizados não afrontem a legislação vigente daquele país.

Terceiro, foi mencionado o caso de um rapaz que se tornou pastor, casou-se, mas depois se divorciou declarando-se homossexual. Beleza. É também UM DIREITO DELE ter tomado essa decisão, assim como foi UM DIREITO DELE ter experimentado o casamento heterossexual. Não deu certo.. Beleza. Mas posso lhe garantir que existem muitos e muitos outros casos além desse, onde o desenrolar dos fatos se deram de maneira oposta.

Quarto, a igreja exerce sim influência, pois trata-se de uma comunidade composta por milhões de cidadãos que votam, trabalham, consomem, pagam tributos..., e seus membros, bem como seus líderes (pastores, padres) possuem o direito de se candidatarem a cargos políticos, e ainda de exercerem influência sobre aquilo que defendem como ideal de vida. É exatamente assim que acontece com os demais setores da vida em sociedade. Eles exercem influência naquilo que acreditam.

Fica para cada cidadão (capaz) aderir a esta ou aquela ideologia. Não deu certo? Tente outra ou volte atrás, e assim por diante. continuar lendo

Não sei qual o poder de um psicólogo, mas não vejo como proibir o tratamento de cura com o mesmo possa ser uma vitória. Veja bem, se o indivíduo é gay, e procura ajuda para mudar essa opção, qual o problema afinal? A escolha é dele unicamente. continuar lendo

A problema é que não há nada para ser curado, a não ser o preconceito! continuar lendo

Apoio a causa, mas o texto é bem ruim. Especialmente na incapacidade/incompetência de abordar duas questões - a religião, que traz à baila a liberdade religiosa e as atitudes boçais tomadas equivocadamente sob este manto. Acaba jogando aí tudo numa mesma vala. Outra é a completa ignorância sobre sistemas jurídicos, por exemplo quando diz que a constituição referida tem dentro uma lei. Constituição é uma lei, ela não possui leis dentro dela. continuar lendo