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18 de Abril de 2024

Quatro crianças, três delas com HIV, são adotadas por casal homoafetivo

Casal homoafetivo que adotou quatro crianças - três delas com HIV - espera que o exemplo estimule outros casais a adotarem crianças mais velhas, de diferentes etnias e com problemas de saúde

Publicado por Pragmatismo Político
há 10 anos

Quatro crianas trs delas com HIV so adotadas por casal homoafetivo

Após um ano e meio de espera, o casal Rogério Koscheck e Weykman Padinho conseguiu concluir o processo de adoção de quatro irmãos, sendo três deles com o vírus HIV. As crianças foram para o novo lar em junho, mas a espera para desfrutar integralmente a paternidade não havia acabado para o casal. A licença-paternidade, de 120 dias, que desde 2013 é garantida a pais adotivos, foi negada a Koscheck, que é servidor público federal da Receita. A licença saiu recentemente após um mandado de segurança, acatado pela Justiça, com base na Lei 12.873, sancionada por Dilma Roussef no ano passado, que estende a licença também a pais, por 120 dias.

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Koscheck espera que o caso estimule outros casais a adotarem crianças mais velhas, de diferentes etnias e com problemas de saúde. “Geralmente, os casais buscam crianças brancas de até 2 anos”, diz. “Eu e o Weykman tínhamos um perfil para adotar duas crianças: um menino e uma menina. No entanto, após leituras e participação em grupos de adoção e fóruns, fomos ampliando esse perfil. Quando conhecemos os quatro irmãos em abril [do ano passado], que estavam em um abrigo desde outubro do ano passado, não tivemos dúvidas de que seriam nossos filhos”.

Ele conta que não encontrou nenhum tipo de entrave ou preconceito durante o processo de habilitação e de adoção por serem um casal homoafetivo. “O tempo que foi de mais ou menos um ano e meio, para a Justiça brasileira, foi até razoável”, comenta. “Como nosso perfil era muito amplo e foge do padrão acabou sendo rápido.” A guarda das crianças foi concedida em meados de junho.

A licença-paternidade demorou mais do que o esperado pois o Estatuto do Servidor Público é de 1990 e permite licença de trabalho de 120 dias apenas a servidoras do sexo feminino. Kusheck espera que, após o parecer favorável do juiz, além de outras ações, a questão da licença-paternidade seja sanada, com a nova lei federal vigente.

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Para o casal, pais de primeira viagem, a obtenção da licença foi uma aventura sem precedentes. As quatro crianças têm idades que variam de 7 meses a 11 anos. “Temos uma pequenina que demanda mamadeira, limpeza, uma mais velha que demanda participação nos deveres da escola, apanhar no cinema, no teatro e os dois do meio, de 2 e 3 anos, que pedem participação nas brincadeiras. São quatro demandas distintas. Por outro lado, são quatro experiências fantásticas e estamos muito felizes e eles também refletem essa felicidade”, relata Kusheck.

Fonte: Pragmatismo Político

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5 Comentários

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Que sejam bem criadas e sirvam de exemplo para acabarmos com a imposição fundamentalista evangélica nessa questão. continuar lendo

Estude o significado da palavra "fundamentalista". Poder-se-ia dizer que seu comentário é "Cristofóbico", não é mesmo? continuar lendo

Considerando que a ideia de "fundamentalismo" surgiu com os protestantes no início do século 20, que, por sua vez, eram adeptos da prática regrada (lê-se, a qualquer custo) dos termos bíblicos. Acredito muito pertinente o comentário do colega.

Ele nada mais disse do que, aos que expõem as práticas (hoje não só baseados na literatura bíblica) de maneira desmedida e regrada em relação aos casais homoafetivos, deva este (adoção) ser um exemplo a ser seguido pelos mesmos. continuar lendo

Parabéns, excelente iniciativa! O amor deve e é maior que qualquer tipo de preconceito. Felicidades à família! continuar lendo

Qualquer religioso que fere os princípios do Estado Laico, é um fundamentalista. E muitos evangélicos tem agido assim, vamos concordar. continuar lendo