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19 de Abril de 2024

Plebiscito da Reforma Política: a importância do voto “sim”

Conheça 7 razões para votar “sim” no plebiscito da reforma política. Saiba como, onde e até quando votar e qual é a única pergunta que você precisará responder

Publicado por Pragmatismo Político
há 10 anos

Plebiscito da Reforma Poltica a importncia do voto sim

Espera-se colher até 10 milhões de votos ao longo da semana, em locais públicos e pela internet. A consulta, sem efeito legal, servirá para reunir assinaturas para o projeto de lei popular pela reforma política e para fazer pressão pela mudança efetiva no sistema político-partidário

“Você é a favor de uma constituinte exclusiva e soberana sobre o sistema político?” A pergunta única do plebiscito poderá ser respondida em locais públicos em votação organizada por movimentos sociais ou pela internet (acesse e vote aqui).

Veja 7 razões para votar sim:

1 – A sociedade brasileira clama por mudanças na forma como atuam as instituições políticas. As manifestações de junho de 2013 evidenciaram a descrença – em especial da juventude – no atual modelo de representação política no Brasil, mediante a palavra de ordem “não me representa”.

2 – As campanhas eleitorais hoje são demasiadamente despolitizadas. Não se verifica que está em jogo um projeto de nação ou uma perspectiva de transformação radical da sociedade. Além disso, quem hoje define os resultados eleitorais são os representantes do poder econômico, por meio do financiamento privado de campanha. A contrapartida dessa prerrogativa privada é o compromisso selado entre os financiados e os seus financiadores – mesmo que tácito – incluindo o favorecimento público de grupos privados, a corrupção e os compromissos políticos com os grupos econômicos que financiam as campanhas políticas.

VEJA TAMBÉM: Reação de blogueiro da Veja prova que Constituinte é o melhor caminho

3 – A composição do Congresso Nacional, das assembleias estaduais e câmaras municipais não reflete a correlação de forças políticas e sociais existentes na realidade brasileira. As mulheres e os negros, embora maioria na sociedade brasileira, são minoria nos espaços de poder, corroborando com a falta de políticas públicas afirmativas que enfrentem as desigualdades estruturais na nossa sociedade. A comunidade LGBT, jovem, indígena, sem-terra e trabalhadora também tem sido sub-representada nos espaços políticos, quando não ausente.

4 – É preciso que a haja uma constituinte EXCLUSIVA para debater uma reforma política, uma vez que não faz sentido que os próprios representantes do poder político legislem sobre si próprios, já que eles são os maiores beneficiados pela reprodução da política como ela está.

5 – A sociedade brasileira já constatou a impossibilidade de ver as suas demandas imediatas atendidas nesse Congresso Nacional (como transporte público de qualidade, mais verbas para a educação, reforma agrária, democratização dos meios de comunicação) uma vez que as grandes corporações privadas que hegemonizam esses serviços são os mesmos agentes financiadores desses parlamentares, e com eles mantêm um “compromisso” político. No linguajar popular: “Quem paga a banda escolhe a música”.

6 – É uma forma de mostrar a necessidade de aprofundar os mecanismos de consulta popular, permitindo que a sociedade civil organizada, mediante seus mecanismos, organize plebiscitos, consultas públicas e referendos, contribuindo para aprimorar os mecanismos que impulsionam a participação política.

7 – Realizar uma Constituinte significa aprimorar a democracia brasileira. Significa construir um caminho que avance na concretização das chamas reformas estruturais, ou seja, um conjunto de reformas nacionais, democráticas e populares, que nesse período histórico e na condição de subdesenvolvimento do Brasil, adquirem caráter revolucionário! A reforma política é condição primeira e imprescindível para o desenvolvimento brasileiro, conjugado com participação pública e mobilização da sociedade.

Texto escrito por Juliane Furno: graduada em ciências sociais pela UFRGS, mestranda em desenvolvimento econômico na Unicamp e militante do plebiscito constituinte do comitê Unicamp

Fonte: Pragmatismo Político

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38 Comentários

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Não existe Constituinte Exclusiva...Não existe Poder Constituinte Originário Parcial. Quero uma reforma na política brasileira, mas com pessoas que saibam o que estão fazendo e que estejam agindo de boa-fé. Poderiam muito bem fazer uma iniciativa popular de lei. Sei que a iniciativa popular de EC não é unanime, mas com a pressão popular, nenhum legitimado ativo de ADI ou o proprio STF iriam contra. Na minha opinião as pessoas que estão fazendo isso ou não sabem nada de Direito Constitucional ou estão de má-fé (acredito mais na segunda hipótese). Em qualquer uma das hipóteses não colocarei a minha assinatura. continuar lendo

Apoiado!!! Tem fogo por trás dessa fumaça!!! continuar lendo

Confirmo a opinião do Danilo continuar lendo

Vamos deixar as raposas tomar conta do galinheiro.
Estes que ai estão, serão os responsáveis para pela reforma.
Será que não estamos no caminho da Venezuela?
Eu não confio a nossa constituição na mão desta corja. continuar lendo

;Concordo com vc... Eles só querem mais poder em sua mãos. e dar poder a CUT MST e outros, . continuar lendo

Que o país precisa de reforma política isso sabemos e clamamos há bastante tempo. Ocorre que legalmente não existe poder constituinte originário previsto na CF e menos ainda para reformar parcialmente a CF. Perguntar ao povo se apoiam um assunto que poucos entendem o que significa é chamar a todos de imbecis e se misturar a quem já faz isso a tempos no Congresso.

Eu realmente não consegui entender o objetivo desta pesquisa que não tem valor legal e que segue caminhos diferentes dos que legalmente são previstos. Se queremos que tudo saia certo devemos começar por nós. Talvez divulgar os direitos do povo previsto na belíssima constituição que temos seja um bom começo. continuar lendo

O País não precisa de reforma política, precisa de reforma tributária e a prática da Constituição Federal. continuar lendo

Vera Rosangela Borges Guimaraes ,o Brasil precisa sim de reforma política, não digo a proposta do PT.
Mas é necessário reduzir o abuso do poder econômico na eleição.
Acabar com o loteamento de cargos públicos em troca de apoio politico,extinguindo a maioria,e os necessários,exigir motivação do ato administrativo na contratação.
Transferir o controle dos gastos,salários e demais vantagens dos políticos, para a sociedade civil,talvez impondo metas e congelando de salários ,não é justo essa cambada ganhar 20 mil pra cima,para não fazer nada, e no fim o judiciário ter que legislar,a constituição é de 88, e é cheia de trechos que pedem lei complementar,que nem projeto de lei existe.
Na pratica é necessário, criar mecanismos de controle popular,sobre tudo, naquilo que vai de acordo com os interesses particulares de cada politico.
Deve ter mais coisas,mas pode ver,são mudanças drásticas,mas perfeitamente harmônicas com a constituição federal.
Com os maus hábitos dos políticos brasileiros,acredito que não tenham legitimidade para fazer qualquer reforma e ainda tenho calafrios só de pensar no que pode sair. continuar lendo

É lógico que essa história de Constituinte exclusiva é ilegal e uma tentativa de golpe do pt. continuar lendo